Narcolepsia

Cerca de 10 anos. Esse é o tempo, em média, que o paciente leva para diagnosticar a narcolepsia, transtorno neurológico crônico que tem como principal sintoma a sonolência excessiva diurna. 

Para alertar a população sobre as consequências da demora no diagnóstico e informar como reconhecer os sintomas, os especialistas da Associação Brasileira do Sono se mobilizaram, no mês de setembro, na Campanha Global de Conscientização da Narcolepsia. 

Uma das iniciativas foi a elaboração da Cartilha da Narcolepsia, que traz o conceito da doença; os principais sinais; as formas de tratamento e dicas de hábitos saudáveis que amenizam os sintomas.

 “Os sintomas da narcolepsia variam de pessoa para pessoa, mas na maioria dos casos a sonolência excessiva durante o dia é o sintoma mais comum. Ao aparecer esse sinal, é importante que seja feita uma avaliação médica para que se possa fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, alerta a Dra. Andrea Bacelar, médica neurologista, presidente da Associação Brasileira do Sono, estudiosa do assunto.

 “Narcolepsia não é preguiça”, enfatiza Ana Cristina Braga, diagnosticada com a doença e atual presidente da ABRANHI – Associação Brasileira de Narcolepsia e Hipersônia Idiopática. “Sentimos crises incontroláveis de sono. Podemos dormir a qualquer minuto, circunstância, ou lugar, independentemente do que estejamos fazendo. Por conta disso, somos confundidos com pessoas preguiçosas, bêbados e até mesmo drogados. Nós nos juntamos à Associação Brasileira do Sono e a mais 24 associações no mundo para levarmos informações para o maior número de pessoas e explicar que narcolepsia é doença”, relata. 

De acordo com especialistas , há dois tipos de narcolepsia: 

Tipo 1 – quando o paciente apresenta níveis baixos de hipocretina no líquido cefalorraquidiano, relato de cataplexia (perda súbita da força muscular) e sonolência excessiva diurna.

Tipo 2 – quando há sonolência excessiva diurna e geralmente não há fraqueza muscular desencadeada por emoções. Os sintomas são menos graves e os níveis de hipocretina são normais. 

Andrea Bacelar explica que a narcolepsia não tem cura, mas apresenta duas formas de tratamento: comportamental e medicamentoso. 

“No tratamento comportamental oferecemos ao paciente e aos familiares orientações de mudança de hábitos diários e novas medidas de segurança, como evitar trabalhos em turnos; novas medidas de higiene do sono com programação de breves cochilos durante o dia para melhorar o estado de alerta. O tratamento medicamentoso é necessário para controlar os sintomas mais incapacitantes, como a sonolência excessiva e a cataplexia”, explica a médica. 

Confira a cartilha na íntegra >>aqui<<

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Matéria publicada na Revista Sono

UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SONO

EDIÇÃO 23 JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2020 

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